quinta-feira, 15 de outubro de 2009

cozinha rápida


A um boarding pass, juntar um lonely planet e uma D90. Não é necessário misturar, basta servir a qualquer temperatura para obter boa disposição de forma imediata e duradoura.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

81 | parabéns

Num dos "meus" restaurantes de Lisboa, a noite era de festa apesar de ser só a três. A conversa ía animada e só por um mero acaso reparei nos dois à mesa do outro lado da estreita sala. O chegar dos pratos interrompia o silêncio e "alimentava" não mais que dois minutos de uma troca ligeira de palavras de circunstância.
Um amigo disse-me uma vez que o diálogo é tudo o que sobra um dia. Mesmo que não o tivesse feito eu percebia-o hoje, em dia de festa. Nunca me esquecerei disto cada vez que estiver à mesa num dos "meus" restaurantes de Lisboa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

quando eu for grande

Coisas com e sem lógica, filosofias baratas ou académicas, teorias, filmes (que eu não conheço), livros (que não os clássicos), músicas, viagens, fotografias...
Coisas "daqui e dali", simples, porque não há tempo para complicar e a vida para alguns de nós parece invariavelmente curta demais.

samba no fado

Depois da "saga" no Brasil vencendo temperaturas negativas, comendo comida vegetariana e passando as noites fechada em casa, a Sandra encontrou uma nova morada. É certo que o exotismo não será o mesmo, mas não acredito que a monotonia se instale. Pelo menos a julgar por este post.

dia 1 - a primeira manhã



Era uma hora da tarde quando entrei finalmente no International Tourist Bureau da estação de comboios de Delhi. Depois de uma manhã passada entre falsos funcionários dos caminhos de ferro indianos, comissionistas de agências de turismo "oficiais" e turistas enganados, senti pela primeira vez que alguma coisa começava de facto a correr francamente bem. Talvez o sentimento tenha sido empolado pelo ar condicionado que me secou a pele, molhada desde o primeiro minuto após a saída do aeroporto. O que é certo é que naquele momento tudo aquilo me pareceu um tremendo oásis de organização e calma.
Vozes em português fizeram-me levantar os olhos do quadro dos horários que há uns bons minutos tentava decifrar em vão devido ao meu fraco conhecimento da rede de linhas e estações. Rapidamente interpelei os três estranhos que deviam ser pouco mais novos que eu. Uma conversa rápida, a troca de informação básica, o guia com os horários dos comboios, uma breve referência aos planos de viagem, bilhetes de comboio para todos, uma troca de contactos e um desejo franco de boa viagem à saída do recinto da estação.
Estava de novo sozinho nas ruas. Com uma máquina fotográfica na mão, dois bilhetes de comboio no bolso e umas tantas lições aprendidas à força num par de horas, a realidade ganhava finalmente forma à minha volta e eu começava aos poucos a fazer parte dela. Apanhei um rickshaw rumo à India Gate e desapareci no meio do trânsito caótico...