quinta-feira, 1 de abril de 2010

long term... nothing

2009 e 2010 deram-me a oportunidade de fazer aquilo que sempre quis. Trabalhar fora de Portugal tem sido uma experiência incrível. A aprendizagem, a ausência de rotinas, as viagens, as pessoas novas... 
É óbvio que nunca me esqueço que estou fora de casa e que toda a gente está longe. Estava preparado e sabía disso há muitos anos, acho que mesmo desde o tempo em que o meu primo C me enviava postais dos sítios mais variados do mundo. Faço o que gosto e sigo-lhe as pisadas. 
No entanto há dias em que as certezas sofrem abalos e o não estar presente se transforma numa sensação de impotência. 

Há quem que nos ensine muito só por partilhar connosco algumas horas do seu tempo. Exemplos de boa vontade, amizade e sacrifício, sem lamentações e sempre sorrindo com espirito(,) "jovem".

Um abraço G.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sky "pocket" scanner

Tenho uns dias livres e um budget para gastar. Seria assim tão complicado colocar num sistema de busca de voos qualquer coisa do estilo:

Where can I go with _____ € ?

Fica a ideia.

sábado, 30 de janeiro de 2010

i know you from facebook

Num banco da Tate modern em frente a um quadro do Francis Bacon, numa ruela de Ghardaia mesmo quase a chegar à mesquita, a olhar para as cadeiras no Bauhaus, num jipe em Kashmir, numa praia de Goa, no metro em Lisboa, num vôo intercontinental, na gelada Alberta, na quente Luanda, em Gales, em San Diego, em Miami, no Rio, na galeria de arte moderna de Roma, nos bairros novos fora do centro de Amesterdão, numa classe económica de um comboio nocturno a caminho de Aurangabad, nos aivados... Todos os lugares são bons para começar uma narrativa, longa ou curta, desde que tenha personagens.

tap victoria

É estranho pensar que praticamente todos colocam uma grande parte do esforço de uma vida para ter uma casa da qual passam a vida a querer sair, porque em casa pouco se aprende e é claramente mais saudável andar na rua.

domingo, 24 de janeiro de 2010

bus stop

Que as coisas que não fazemos serão sempre aquelas de que nos arrependemos ninguém tem duvidas. Faltaram-me as pernas e o inglês enrolou-se juntamente com a língua. Talvez tivessem bastado 3 ou 4 palavras. 
Sentado num banco de Heathrow tenho agora a certeza de que o devia ter feito. Nada teria mudado ou alguma coisa teria mudado, a certeza é de que não teria perdido absolutamente nada.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

not a regular monday


Sento-me e olho para os outros, para a sua sorte, para as suas rotinas, para os objectos que não têm e que desejam ter assim como as posições que anseiam ocupar. Sorrio e baixo a cabeça - não gosto assim tanto de planos.
(há qualquer coisa de novo em 2010 e eu prometo que vou descobrir o que é)

it just started

São 7:24 do dia 4 de janeiro de 2010 e para mim só agora é que o ano está verdadeiramente a começar. Vou formulando ao deus do réveillon os meus desejos na esperança de que ele, mesmo que ainda de ressaca, consiga hoje ouvir-me mais claramente do que na noite em que todos o chamam. Faltam cerca de 120 km para Lisboa e ao mesmo tempo que a noite vai dando lugar ao dia os desejos vêm-me à cabeça como não vieram no dia 31. Claros, concisos e cheios de sentido. Não são irreais, não são extravagâncias, são apenas frutos do trabalho e de provavelmente... alguma sorte.

Apenas uns instantes antes das doze badaladas quando já todos estão de passas na mão e de olhos postos no relógio eu digo – vão andando que eu fico por 2009 só mais um bocado, pode ser? Obrigado.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

boarding

Para 2010 peço o dobro das milhas que acumulei este ano mas metade das vezes em que senti a falta dos amigos. 

don't break the silence

Há já muito tempo que deixei de achar os silêncios demasiado desconfortáveis. Para mim são apenas uma questão de prespectiva e a minha é cada vez mais a de que as palavras têm muito mais valor do que aquele que tanta vezes insistimos em lhes dar. Isto pode não ser perigoso no caso das pessoas que têm alguma dificuldade em articular ideias mas uma arma para os que facilmente nos convencem de coisas, que nos persuadem e nos levam com uma facilidade avassaladora a querer em coisas de que nunca nos lembraríamos por nós próprios. Como todos nós temos momentos de rara inspiração e eles aparecem quando menos se espera, opto invariavelmente pelo silêncio, não vá comprometer-me de forma remediável mas quase de certeza que embaraçosa num futuro não muito distante.

more time to do a little more


Eu e o Filipe criámos o hábito de disputar o 100% nos testes de matemática daquele ano. Pode perguntar-se - disputar? qual é a disputa se os dois podem ter 100%? - pois podíamos, mas a competição resolvia-se pelo cronómetro. Faltavam geralmente dez minutos para o fim da aula e já esperávamos ansiosamente pelo resultado da correcção que a professora iniciava sem demora assim que um de nós entregava a folha. 
Passaram alguns anos e a matemática passou a fazer parte da minha vida. Tudo parecia relativamente simples e definitivo. O resultado é único em muitos dos problemas matemáticos e quando não é, temos apenas de escolher aquele que faz sentido ou aquele que satisfaz o grau de exactidão que definimos à partida.
Acontece que as "fotografias" e os "textos" para consumo próprio entraram na minha vida e de repente deixei de ter projectos acabados, problemas resolvidos. Dou por mim com uma quantidade de fotografias para tratar, textos que gostava de rescrever e pequenas outras coisas que me vejo sempre tentado a iniciar de novo para conseguir nem que seja um resultado ligeiramente melhor.
Projectos inacabados. Só espero que a sensação não seja contagiosa e se fique apenas por este lado criativo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

cozinha rápida


A um boarding pass, juntar um lonely planet e uma D90. Não é necessário misturar, basta servir a qualquer temperatura para obter boa disposição de forma imediata e duradoura.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

81 | parabéns

Num dos "meus" restaurantes de Lisboa, a noite era de festa apesar de ser só a três. A conversa ía animada e só por um mero acaso reparei nos dois à mesa do outro lado da estreita sala. O chegar dos pratos interrompia o silêncio e "alimentava" não mais que dois minutos de uma troca ligeira de palavras de circunstância.
Um amigo disse-me uma vez que o diálogo é tudo o que sobra um dia. Mesmo que não o tivesse feito eu percebia-o hoje, em dia de festa. Nunca me esquecerei disto cada vez que estiver à mesa num dos "meus" restaurantes de Lisboa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

quando eu for grande

Coisas com e sem lógica, filosofias baratas ou académicas, teorias, filmes (que eu não conheço), livros (que não os clássicos), músicas, viagens, fotografias...
Coisas "daqui e dali", simples, porque não há tempo para complicar e a vida para alguns de nós parece invariavelmente curta demais.

samba no fado

Depois da "saga" no Brasil vencendo temperaturas negativas, comendo comida vegetariana e passando as noites fechada em casa, a Sandra encontrou uma nova morada. É certo que o exotismo não será o mesmo, mas não acredito que a monotonia se instale. Pelo menos a julgar por este post.