segunda-feira, 15 de junho de 2009

keep it simple... please

Perdi a noção do tempo naquele final de tarde quente em Lisboa. Não me lembro se foram muitos ou poucos os minutos que passei na secção de viagens da livraria. Recordo-me apenas dos livros que escolhi, cinco, que empilhei cuidadosamente por tamanho ao meu lado sobre o banco de couro onde me sentei. Sei que durante um bocado não voltei a olhar para eles. Perdi-me nas lombadas dos outros, os que estavam ainda nas estantes à minha frente.

A verdade é que não pensei em coisas de grande profundidade e que com certeza ficariam bem, escritas num grande parágrafo. Foi simplesmente o pensamento antigo de viajar sozinho que me fez olhar novamente para a pilha em cima do banco, olhar uma ultima vez antes de lhes pegar e me dirigir à caixa. Depois de sair dali, percebi que já não havia volta. Enfiei tudo o que me pareceu necessário numa mochila nessa mesma noite. Mal dormi. Comprei um bilhete na manhã seguinte e parti ao inicio da tarde voltando a casa um mês depois.

Lembrei-me disto hoje, a meio de uma conversa onde alguém me disse qualquer coisa sobre o facto de as pessoas passarem demasiado tempo a pensar nas coisas, perdendo energias que podiam utilizar a fazê-las. Bem visto!

1 comentário:

André disse...

E eu que o diga.
De qualquer forma, essa ja ninguem te tira.