segunda-feira, 8 de junho de 2009

SAHABANE

Atravessámos a pequena aldeia deviam passar poucos minutos das seis da tarde. Há cerca de uma hora que procurávamos, entre povoações perdidas no mar de areia, o melhor sítio para tirar umas fotografias. A hora e meia seguinte passou  sem eu dar conta, entre fotografias, conversas, exclamações e o aguardado pôr do sol.

No regresso, o mesmo caminho mas sem a fúria da busca, a mesma aldeia, as mesmas casas, as mesmas ruas, talvez as mesmas pessoas – não me recordo bem.

As crianças brincam na rua às dezenas, os mais velhos sentam-se em grupos aproveitando do fim do dia a brisa e a luz já difusa. Faço o pequeno Suzuki avançar devagar, abro a janela, delicio-me com as pessoas. Numa carroça puxada por um burro, vão umas quatro ou cinco crianças, todas pequenas, oito anos o mais velho.  Uma das mais pequeninas sorri espontaneamente, faço-lhe um aceno, ela corresponde, os outros seguem-lhe o exemplo. Nesse momento tiro a melhor fotografia da tarde, a única que não posso editar, imprimir nem enviar aos amigos. Guardo-a comigo na esperança de que o tempo não a deixe perder-se na minha memoria.

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